A crença na vinda do Messias - um
descendente da Casa de David que redimirá a humanidade e
estabelecerá o Reino de Deus na terra - faz parte da tradição
judaica desde os dias do profeta Isaías.
Conforme o descrevia a lenda, o Messias
deveria ser um ente humano dotado de dons muito especiais:
sólida capacidade de comando, grande sabedoria e profunda
honestidade. Empregaria ele tais faculdades no estímulo da
revolução social que ensejaria uma era de perfeita paz.
Nunca, porém, houve qualquer alusão a um poder divino que
seria gerado. Encarava-se o Messias como um grande chefe,
um modelador de homens e da sociedade, mas, com tudo isso,
um ser humano, e não um Deus.
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Contudo, a maioria dos judeus
reinterpretou a primitiva crença num Messias, não como
um Redentor individual, mas como a própria humanidade que,
coletivamente, pelos seus próprios atos, seria capaz de
introduzir entre nós o Reino de Deus. Quando a humanidade
alcançar um nível de verdadeira sapiência, bondade e justiça,
então será esse o Dia do Messias.
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